Alfabetização Funcional

O que é Alfabetização Funcional? Descubra e coloque em prática.

“A alfabetização funcional diz respeito ao processo de ensino e aprendizagem da leitura e da escrita para fins específicos, para a realização de tarefas cotidianas, do âmbito profissional e da convivência comunitária”, de acordo com Cláudia Lemos Vóvio.

O termo “alfabetização funcional” teve sua origem na década de 30, nos Estados Unidos da América, expressando a constatação de recrutas do exército norte-americano que, apesar de possuírem conhecimentos sobre a linguagem escrita, não conseguiam compreender instruções escritas para realização de suas tarefas. Em 1960 a Unesco passa a popularizar esse termo que passou a ser mundialmente difundido e estabelece um senso em torno do analfabetismo e da importância da alfabetização em âmbito geral, tornando o maior incentivador da necessidade de mudanças educacionais de ordem econômica e social.

Em 1965, o Congresso Mundial de Ministros da Educação, promovido pela Unesco, decide iniciar a batalha pela erradicação do alfabetismo, onde seu principal objetivo era a alfabetização funcional e “mobilizar, formar e educar a mão de obra”. Nesse marco foi implementado em onze (11) países o Programa Experimental de Alfabetização Mundial (EWLP). 

Em 1975, após avaliação do Programa, trazendo a luz também os trabalhos do Paulo Freire que encaminhou os discursos sobre a alfabetização e o torna um mecanismo independente de conscientização e socialização humana.

Capa Alfabetização Funcional

Analfabetismo Funcional

De acordo com o INAF (Indicador de Alfabetismo Funcional, criado em 2001) a alfabetização pode ser classificada em quatro (4) níveis:

  • Analfabetos: aquele que desconhece o alfabeto; que ou aquele que não sabe ler nem escrever;
  • Alfabetizados em nível rudimentar:  os indivíduos até conseguem encontrar informações explícitas em textos simples, mas não fazer inferências a partir do que leram. (primeiro e segundo considerados “analfabetos funcionais”);
  • Alfabetizados em nível básico: consegue ler um texto curto, localiza uma informação explícita ou que exija uma pequena inferência;
  • Alfabetizados em nível pleno: consegue ler textos mais longos, localizar e relacionar mais de uma informação, comparar vários textos, identificar fontes. 

Pesquisas apontam que nos últimos quinze (15) anos o analfabetismo no Brasil foi reduzido, porém não dizimado, atingindo inclusive estudantes do ensino superior, desmistificando que o mesmo já possuía um conhecimento intrínseco que era anteriormente apenas correlacionado à baixa escolaridade.

O estudo aponta a necessidade do desenvolvimento de métodos que privilegiem o letramento infantil e adulto para que possamos superar o fantasma do analfabetismo. Em um molde força-tarefa entre pais e professores, sim, esse trabalho é um trabalho sócio-cultural e não somente da escola, considerando que o educando tem a necessidade do saber não só dentro da escola, mas no seu cotidiano, não delimitando seus saberes, proporcionando que todos atinjam um nível pleno.

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